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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu, reticências...


Sou a que caminha sem saber pra onde
Simplesmente jogaram-me dois caminhos,
Quatro pegadas de um lado e mais quatro de outro.
Direita ou esquerda? Sou a voz da estrada, o grito incontrolável.
Sou a pegada do lado esquerdo e o caminho do lado direito.
A feita dos jovens rebeldes sem causa.
O vento frio no inverno e o vento de flores na primavera.
Sou um chinelo gasto, uma havaiana.
O abraço calmo que pode amenizar quem dele necessitar.
Um relógio que gira, gira e continua a girar sem reclamar.
Um ponto de interrogação, a vírgula de uma história,
O hífen nas palavras e os palavrões numa partida de futebol.
Os espinhos das rosas, as pétalas cheirosas,
A criança e a mulher.
Um bicho preguiça.
A melodia da música, a batida da bateria.
Sou o vermelho do meu sangue, o choro dos meus olhos
O sorriso da minha boca, a insônia das minhas noites.
Sou o transparecer dos olhos das pessoas
Sou o que você não vê
Sou o cérebro do seu pensar.
Sou aquela que ainda não se descobriu...
                                                             (Por DAYANE STEPHANIE DOS SANTOS VILELA)

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